Estudantes de Medicina foram voluntários por uns dias e querem repetir a experiência

De 8 de abril a 17 de maio, 20 estudantes da nova unidade curricular (opcional) do curso de Medicina da Universidade de Coimbra – Humanização em Saúde – vestiram (literalmente) a bata da LIGA nas instituições de acolhimento do Voluntariado Hospitalar, nomeadamente o Instituto Português de Oncologia de Coimbra (IPOC) e a Unidade Local de Saúde de Coimbra (Edifício São Jerónimo, ULSC). No final, o balanço “é mais que positivo” e a experiência, garantem, será para repetir.

A Sofia, o Rui e a Margarida completaram as 20 horas de voluntariado protocoladas entre a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro (LPCC.NRC) e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC). A unidade curricular “Humanização em Saúde” é opcional, mas a adesão por parte dos estudantes, naquela que foi a sua primeira edição, foi muito positiva: 20 deles escolheram, de entre as Instituições aderentes, a LPCC.NRC para serem voluntários por uns dias.

“Uma prática da medicina mais humanizada, atenta e responsiva aos problemas sociais, consciencializando os alunos desde cedo para a empatia nos cuidados de saúde”, assume-se, segundo regente da disciplina e professora auxiliar da FMUC, Ana Margarida Abrantes, como o principal objetivo desta nova unidade curricular que foi lecionada, pela primeira fez, este ano.

Terminada esta “experiência-piloto”, a componente de humanização é, precisamente, a mais apontada pelos estudantes como uma lacuna do curso de Medicina, sendo que “o voluntariado na LIGA permite um desenvolvimento das capacidades de relação com os doentes e é um componente essencial para qualquer estudante de medicina”, diz Rui Costa.

Também Sofia Loureiro fez voluntariado na ULSC. A jovem estudante de Medicina escolheu a LIGA para fazer voluntariado numa altura em que o avô estava a fazer tratamentos no São Jerónimo e a experiência acabou por ser “muito mais enriquecedora do que estava à espera”, não escondendo a vontade de voltar a fazê-lo “talvez já no verão, no projeto ATUA” [projeto pensado e desenhado para estudantes que querem ter uma experiência de voluntariado hospitalar na Liga Portuguesa Contra o Cancro, mas que não têm uma disponibilidade que lhes permita manter uma presença assídua e regular, durante um período mínimo de 6 meses, no Voluntariado Hospitalar].

Já Margarida Ribeiro completou a sua experiência no IPOC. Assume, sobretudo, ter sido surpreendida com o impacto que pequenos gestos podem ter. “O que mais me tocou foi perceber que pequenas coisas podem contribuir de forma tão positiva para a vida de alguém. Quando ajudei um senhor a tirar a senha, no final da consulta, ele veio-me agradecer-me, pessoalmente, pela forma como o tinha tratado e por ter sido tão simpática com ele. Foram palavras que me marcaram muito porque o que fiz foi algo tão simples e tão básico, mas mudou de alguma forma o dia daquela pessoa e isso deixou-me muito feliz”, conclui.

“Humanização em Saúde” através do Voluntariado Hospitalar

O Voluntariado Hospitalar em Oncologia da Liga Portuguesa Contra o Cancro visa contribuir para a humanização da assistência ao doente oncológico pela disponibilização de apoio prático e/ou emocional aos doentes em regime de ambulatório e internamento nos hospitais com serviços de oncologia.

Em contexto hospitalar, os voluntários estabelecem contacto direto com o doente e com quem o acompanha para consulta e tratamento, oferecendo atenção, informação, conforto e esperança, essenciais à Humanização da Assistência ao Doente Oncológico e à promoção de uma atitude positiva face ao cancro.

Na região Centro, a LIGA desenvolve projetos de Voluntariado Hospitalar no IPO Coimbra desde 1996 e na ULSC desde 2014.

Candidaturas e informações em https://www.ligacontracancro.pt/voluntariado/

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