Pampilhosa da Serra – Secretário de estado da conservação da natureza e florestas verifica no terreno a necessidade de estabilizar a Garganta do Zêzere para salvaguardar o património geológico e as condições de circulação na estrada Janeiro de Baixo-Admoço

O Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, verificou no terreno a necessidade de consolidação da vertente rochosa da margem direita da Garganta do Zêzere, entre os concelhos de Pampilhosa da Serra e Oleiros, nas freguesias de Janeiro de Baixo e Cambas, respetivamente. Em resposta ao convite dos presidentes das Câmaras Municipais de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, e de Oleiros, Miguel Marques, o governante deslocou-se ao local e verificou a necessidade e a urgência de intervir de forma eficaz para garantir, simultaneamente, a salvaguarda do património geológico e as condições de circulação pedestre, ciclável e viária no local.

Para João Paulo Catarino esta “é uma intervenção necessária e urgente”, por estar em causa “a salvaguarda do património natural e a sua fruição, bem como a mobilidade das pessoas em condições de segurança”, que estão privadas deste eixo de circulação amplamente utilizado pelas populações locais, antes das derrocadas e da instabilidade consequente que determinou o corte desta ligação entre os dois municípios.

Na visita, o governante teve a oportunidade de conhecer o resultado do estudo técnico realizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para o município de Pampilhosa da Serra, bem como o projeto de execução das soluções preconizadas, que numa primeira fase tem um custo estimado superior a um milhão e duzentos mil euros. Segundo os presidentes das câmaras municipais “esta intervenção tem enormes exigências técnicas e um custo estimado extremamente elevado para os orçamentos municipais”, pelo que consideram da máxima importância o apoio do governo e o acompanhamento das entidades competentes, tendo, também, assegurado o seu “total compromisso para realizar as intervenções no mais breve espaço de tempo possível”.

De salientar a sensibilidade e a exigência técnica desta intervenção, que se localiza num geomonumento constituído por camadas sucessivas de quartzito puro, erguidas verticalmente a centenas de metros de altitude, ladeadas por caóticos depósitos de vertente escorridos até às margens do rio Zêzere, com um papel fundamental no testemunho da história geológica do território nos últimos 600 milhões de anos, razão pela qual integra o GEOPARK Naturtejo, um Geoparque Mundial da UNESCO.

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