Valter Hugo Mãe regressa à Sertã para apresentar o seu novo livro
Era um dos regressos mais aguardados do universo literário português para 2024. Valter Hugo Mãe tem novo livro e vai apresentá-lo na Sertã, no próximo dia 16 de fevereiro, pelas 21h, no antigo quartel dos Bombeiros Voluntários da Sertã.
O livro «Deus na escuridão» explora “a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus”, pode ler-se na sinopse deste que é o nono romance de Valter Hugo Mãe e que tem como pano de fundo a ilha da Madeira.
O autor multipremiado e um do mais conceituados a escrever em língua portuguesa estará na Sertã para apresentar este novo livro, que completa a tetralogia Irmãos, Ilhas e Ausências. Na ocasião, além da conversa com Valter Hugo Mãe, decorrerá uma sessão de autógrafos, podendo os interessados adquirir também o novo livro «Deus na escuridão».
“Valter Hugo Mãe é um dos nomes maiores da literatura portuguesa e o lançamento de um novo livro deste autor tem sempre grande visibilidade nos meios culturais. É um privilégio para nós receber este evento na Sertã.”, sublinhou Carlos Miranda, presidente da Câmara Municipal da Sertã, que lembrou “a ligação afetiva que une Valter Hugo Mãe ao concelho da Sertã, bem visível nas suas presenças na Maratona de Leitura”.
Nascido em Angola, a 25 de setembro de 1971, Valter Hugo Mãe nunca acreditou que chegaria aos 18 anos, mas a verdade é que ultrapassou essa marca e transformou-se num dos nomes mais conhecidos e celebrados da literatura nacional. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em países como o Brasil, a Alemanha, a Espanha, a França ou a Croácia.
Iniciou a carreira literária em 1996 com a publicação de um livro de poemas «silencioso corpo de fuga». Seguiram-se dezenas de outros títulos, onde se incluem livros para crianças, poesia e romances, que lhe trouxeram o reconhecimento da crítica e do público.
Recebeu o Prémio Saramago em 2006 pela publicação de «O Remorso de Baltazar Serapião» e, em 2010, o Prémio Portugal Telecom Melhor Livro do Ano e o Prémio Portugal Telecom Melhor Romance do Ano com «A Máquina de Fazer Espanhóis». Nos anos mais recentes (2020) venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores com a obra «Contra Mim».
É também editor, artista plástico e músico. Em 1999 foi co-fundador da Quasi edições e, no ano de 2006, fundou a editora Objecto Cardíaco.