Enfermeiros na justiça por causa da falta de material
Têm sido vários os testemunhos de profissionais de saúde que não têm o material necessário ou são obrigados a adaptar outros materiais.
O Sindicato dos Enfermeiros entregou, quinta-feira, uma providência cautelar contra o Governo no Tribunal Administrativo do Círculo do Porto.
Em causa está, refere o sindicato, a falta de equipamento de proteção individual.
Nas últimas semanas têm sido vários os testemunhos de profissionais de saúde que não têm o material necessário ou são obrigados a adaptar outros materiais que não são os mais adequados.
Coronavírus: por que a covid-19 afeta tanto os profissionais de saúde?
O QUE NOS DIZ UM PROFISSIONAL NA ÁREA DE MEDICINA:
Os números relativos à evolução da epidemia em Portugal são preocupantes e exigem que nos preparemos de forma rápida. O cenário poderá vir a ser semelhante ao de Espanha, se bem que nós tomámos medidas preventivas mais precocemente. É muito difícil ter certezas nesta altura, mas o que se passa noutros países obriga-nos a ter um grande sentido de responsabilidade.
A minha primeira preocupação são as pessoas que verão a sua vida afetada por esta doença. Depois há a preocupação com o impacto nos serviços de saúde e a eventual rotura da capacidade assistencial, como estamos a assistir noutros países. Mas há outra preocupação um pouco oculta, mas que se está a instalar, que são as pessoas que ficam com os seus problemas de saúde por resolver devido à suspensão da atividade não urgente nos hospitais. O que estamos a viver também nos faz refletir sobre qual será o modelo civilizacional que irá emergir após esta situação. Provavelmente, vamos ter de aprender a viver com o vírus. Dependemos muito da resposta da ciência e da capacidade de criar uma vacina eficaz.
Esta doença pode confrontar-nos com a possibilidade de não conseguirmos prestar cuidados que as pessoas efetivamente precisam. Não termos um ventilador para ligar a um paciente… É assustador. Precisarmos de assistir um doente e não termos como o fazer é muito violento. Não acredito quando dizem que os médicos estão preparados para algo assim. Essa não é uma escolha natural para um médico. Nenhum ser humano está preparado para ver o seu semelhante sofrer.
PROFISSIONAIS DA SAÚDE VITIMAS:
O novo coronavírus já infetou 1124 profissionais de saúde em Portugal, entre os quais 206 médicos e 282 enfermeiros, anunciou esta quinta-feira o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.
Entre os profissionais infetados com o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, estão também 636 de áreas como assistentes técnicos, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica, adiantou Lacerda Sales na conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia de covid-19 em Portugal.
Sobre este último grupo de profissionais, afirmou António Sales, secretário de Estado fez questão de lhes dirigir um agradecimento. “São profissionais que também têm estado sempre na linha da frente deste combate”, realçou o governante,
Mais 37 mortes e 852 casos de COVID-19 em 24 horas em Portugal. Os números foram divulgados esta sexta-feira pelo boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde (DGS).
O relatório desta sexta-feira da Direção-geral da Saúde (DGS) aponta para 246 mortos na sequência da COVID-19, mais 37 que ontem, o maior aumento desde o início da pandemia em Portugal (17,7%). A letalidade global da doença em Portugal é agora de 2,5%.
Há ainda registo de 9.886 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 em todo país, mais 853 que ontem, uma subida de 9,4%.
O número de recuperados mantém-se igual a quinta-feira: 68 pessoas já estão livres da doença.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de quinta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (131), seguida da região Centro (61), da região de Lisboa e Vale do Tejo (51) e do Algarve, em que hoje se mantém o mesmo número de mortos (3) e se registou a primeira morte no Alentejo.
Do relatório da situação nº 32 de 03/04/2020 destaca-se:
Total de casos suspeitos (1 de Janeiro 2020) – 74 377
Total de casos comprovados 9 886
Total decasos não confirmados 59 096
Aguardam resultado labotarial – 5 392
Casos recuperados – 68
Obitos – 246
Contatos em vgilância pelas autoridades de saúde – 22 556
ANTÓNIO COSTA LUTA EM DEFESA DA (IN)COMPETÊNCIA POLITICA
Foi em 28 de Março de 2020, através do BNU de Macau que o Governo português conseguiu fazer, em tempo recorde, no domingo, a transferência de dez milhões de dólares americanos para a China, de modo a assegurar que a encomenda de 500 ventiladores não fugia para o Canadá. E tinha de fazer prova de que o depósito estava feito. “Este mercado está uma selva!”, comentou o responsável governamental que contou ao PÚBLICO o sufoco por que o Governo passou no domingo.
O contrato estava feito para os 500 ventiladores e tinha sido sinalizado pelo executivo através de uma garantia. Mas, no domingo, o executivo foi informado, pelo vendedor chinês, de que se não pagasse o total da encomenda, à cabeça e até segunda-feira de manhã, ela seria entregue ao Canadá. Ou seja, o Governo tinha até às 2h da madrugada de segunda-feira em Lisboa, quando são 9h na China, para transferir dez milhões de dólares americanos para a conta do vendedor.
Em estado de alerta, o primeiro-ministro, António Costa, começou a cionar todos os meios disponíveis para garantir que os 500 ventiladores vinham mesmo para Portugal. O problema é que, ao domingo, quer os departamentos do Estado português quer os bancos em todo o mundo estão fechados.
A primeira diligência que o Governo fez foi abrir o Instituto de Gestão e Crédito Público, de modo a que o dinheiro fosse imediatamente disponibilizado. Com os 10 milhões de dólares prontos para ser enviados, o Governo movimentou vários contactos para conseguir fazer a transferência.
Uma hipótese era o BCP-Millenium, banco português que tem agência em Macau. Outra possibilidade foi preparada através da Sonae. Como detém uma central de compras na China, a Sonae faria o pagamento dos dez milhões de dólares americanos e, depois, receberia do Governo português.
A solução acabou por ser fazer o depósito através do BNU de Macau. Mas mesmo assim, em contra-relógio. As autoridades tiveram de esperar que o administrador deste banco acordasse para tratar da transferência. Em cima da hora limite, 2h da madrugada em Lisboa e 9h da manhã na China, o pagamento foi feito.
NO DIA 30 DE MARÇO, AVIÃO DESCARREGA NO AEROPORTO “HUMBERTO DELGADO” A PRIMEIRA IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTO PARA COMBATER O “COVID-19”
No dia 30 de Março, decorrido um mês após a deteção do COVID-19 no País, ocorre no Aeroporto “Umberto Delgado”, em Lisboa, o primeiro descarregamento do equipamento encomendado e pago pelo governo no dia 28 de Março através do BNU de Macau, quando o norte já contava com 4452 confirmados, 83 óbitos e 16 recuperados; Centro com 1799 confirmados, 35 óbitos e 10 recuperados; Lisboa e Vale do Tejo com 11799 confirmados, 35 mortes e 17 recuperados; Alentejo com 50 confirmados; Algarve com 137 confirmados, 2 óbitos. A esses números junta-se 1124 profissionais de saúde em Portugal, entre os quais 206 médicos e 282 enfermeiros, desde o princípio a reclamar equipamento de proteção.
A (IN)CAPACIDADE POLITICA
Marta Temedio nasceu em 1974, em Coimbra, com o seu sempre habitual sorriso a coloca muito próximo das “tricanas de Coimbra”. É licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra e tem um doutoramento em Saúde Internacional. É especializada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e, de acordo com a Lusa, exerceu os cargos de subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e de presidente não executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, deswconhece a forma de combater o COVID-19.
António Sales, (lorde honorário do Castelo de Leiria), formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. É especialista em ortopedia e medicina desportiva nas quais já efetuou estudos e publicações. Exerceu medicina no hospital distrital de Santo André em Leiria e atualmente continua a exercer no Centro Hospitalar de S. Francisco e em clínica própria, também em Leiria, até esta data sobre conhecimentos de combate ao COVID-19, emparelha com a “Tricana de Coimbra”..
Graça Freitas, nascida em Angola, a 26 de agosto de 1957, começou o curso em Luanda, com os combates cada vez menos distantes, mas a independência da ex-colónia levou a que terminasse a licenciatura na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, pela forma inicial como se referiu ao “COVID-19”;
“Não há grande probabilidade de chegar um vírus destes a Portugal”
Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, há muito deveria ter sido afastada minimamente comparecer se concluirmos, alguma falta de fundamentação técnica agravado por algumas evasisas nas conferencias de impresa tentar enganar os portugueses como as declarações no passado dia 15 de Janeiro através da TVI24 sobre a nova espécie de coronavírus detetada numa cidade na China, que infetou mais de 50 pessoas e já fez uma vítima mortal.
Esta responsável referiu que o surto foi contido na China que a transmissão entre pessoas não é fácil e, pelo que o vírus dificilmente chegará a Portugal, mas deixa a garantia de que as autoridades de Saúde do país estão alerta (uma vergonha).
Nas suas habituais e diarias conferencia de imprensa transmitidas através das TV(s), como a dada (hoje) dia 3/04/2020, pelas 1500h. se descartou dizendo que muito dos doentes que morreram de COVID-19 tinham várias doenças associadas (??? ). Graça Freitas tem demonstrado alguma falta de competência politica para enfretantar o “COVID-19” na falta de fjundamentação convencer nas conferencias de impresa se fazem acompanhar de observadores a quem cabe a responsabilidade de tecer alguma informação com o objectivo de convencer os portugueses.
Nós, os menos jovens, em especial utentes dos Lares, sulplicamos aos Senhores Presidente da República, Presidente da Assembleia da República (com várias doenças associadas), Primeiro Ministro, o repudio da informação transmitida pelo “Observador” em 03 set 2015, “O aviso que veio de Bruxelas: a despesa pública de saúde é a que mais vai subir com o envelhecimento da população. Portugal é já o 4º país mais envelhecido da UE. O SNS sobrevive? O que vai ter de mudar?
O envelhecimento da população coloca os governos dos vários países perante um enorme desafio: o de se adaptarem para responder às diferentes necessidades dos mais idosos, nomeadamente ao nível da prestação de cuidados de saúde. Portugal não escapa à regra: é mesmo um dos países mais envelhecidos da Europa. Mas será que os idosos são mesmo responsáveis pelo aumento das despesas de saúde? E poderá o envelhecimento da população matar o Serviço Nacional de Saúde geral, universal e tendencialmente gratuito?
Os especialistas ouvidos pelo Observador afastam um cenário tão negro, explicando que não é líquido que uma população mais envelhecida conduza a um aumento da despesa pública com saúde. Mas, sim, alertam que é preciso adotar medidas no sentido de reorganizar a prestação de cuidados de saúde, por forma a garantir a sustentabilidade do sistema. É que os mais idosos precisam de outro tipo de cuidados, que não necessariamente os hospitalares, mais caros por natureza. Vamos por partes.
Seremos menos e mais velhos
Aqui está o nosso cenário futuro: A esperança média de vida, em Portugal, tem vindo a crescer, ao mesmo tempo que a natalidade enfrenta tempos difíceis – estes dois indicadores conjugados resultam numa maior percentagem de cidadãos mais velhos.
Terminamos por deixar o alerta aos Senhores Presidentes da República e Assembelia da República, detentores de “doenças associadas”, numa aproximidade reforma que vai contra o entendimento “Bruxelas”, a lutarem como nós “menos jovens” pela sua continuidade.