Falhas na rede fixa atrasam socorro a aldeias da Pampilhosa da Serra

Mau tempo deixou várias populações isoladas e sem comunicações.

Existem aldeias do concelho de Pampilhosa da Serra sem comunicações há 16 dias, na sequência da queda de árvores sobre as linhas, devido ao mau tempo. O cenário é recorrente e está a motivar atrasos no socorro à população envelhecida, que se queixa de pagar um serviço que não pode usar.

Este sábado, em Praçais, um homem de 92 anos, a viver com a mulher, sentiu-se mal e não conseguiu pedir socorro, uma vez que a rede fixa não funcionava desde a madrugada de quinta-feira.

“Foram as senhoras do apoio domiciliário, que tiveram de ir à Pampilhosa da Serra chamar os bombeiros”, conta ao CM Pedro Santos, 60 anos, que sublinha que o vizinho “continua hospitalizado em Coimbra”.

O serviço de televisão foi reposto sábado, mas este domingo os telefones continuavam sem sinal em quatro povoações. “Não se admite: até para reclamar temos de fazer oito quilómetros para ter rede, ligar e depois ainda nos taxam a chamada”, conta revoltado Adriano Veiga, 84 anos, morador em Pescanseco Fundeiro.

Em Pescanseco Cimeiro, onde queixas semelhante se repetem, Maria Neves, 72 anos, vai mais longe: “A televisão já veio, mas continuo sem telefone e internet, e não consigo falar com os filhos que estão em Lisboa. Para o fazer tenho de pedir boleia e deslocar-me a Pampilhosa da Serra”, afirma. Sempre que chove, as aldeias do concelho ficam isoladas: “Os pinheiros estão secos, por causa dos fogos de 2017 e caem sobre as linhas”, explica Pedro Santos.

18 Novembro 2019

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