UGT acusa CGTP de “pecar por ausência” no compromisso sobre retoma

"Somos seis parceiros sociais e há um que pecou por ausência", começou por dizer Carlos Silva, referindo-se à CGTP, que não assinou o compromisso sobre as condições para a retoma da atividade.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, criticou esta terça-feira (12 de Maio)  a CGTP por não ter assinado o compromisso entre os parceiros sociais e o Governo sobre as condições para a retoma da atividade considerando que a intersindical “pecou por ausência”.

“Somos seis parceiros sociais e há um que pecou por ausência”, começou por dizer Carlos Silva na cerimónia de assinatura da declaração de compromisso dos parceiros sociais para a retoma económica, que contou com as quatro confederações patronais (CIP, CCP, CTP e CAP) e com a UGT, tendo a CGTP ficado de fora.

“Não temos foguetórios na Alameda, mas temos uma assinatura que vale por milhares de trabalhadores portugueses”, continuou o líder da UGT, numa referência às comemorações do 1.º de Maio promovidas pela CGTP.

Carlos Silva referiu que o primeiro acordo firmado na Concertação Social apenas contou com a assinatura da UGT para sublinhar depois que “lamentavelmente 40 anos passados, continua a ser a UGT a figura determinante por parte dos trabalhadores para que haja Concertação Social”.

A UGT, as confederações patronais e o Governo assinaram esta terça-feira uma declaração de compromisso sobre as condições de segurança para a reabertura da atividade económica no âmbito da pandemia Covid-19.

A CGTP defendeu em comunicado divulgado esta terça-feira que o compromisso para a retoma económica não reflete “a real situação da acentuação das desigualdades” nem espelha a realidade de milhões de trabalhadores.

Na declaração os subscritores comprometem-se a trabalhar em conjunto para que a retoma seja feita “em condições seguras do ponto de vista da saúde pública, também nos locais de trabalho, condição primeira para que possa ser sustentável no tempo” e para que os esforços feitos coletivamente “com pesados custos para as empresas, para os trabalhadores e cidadãos no seu conjunto e para o Estado, não sejam desbaratados”.

Comprometem-se ainda “a trabalhar em conjunto e em diálogo permanente para reforçar e aprofundar, a breve prazo, um quadro legal, administrativo e de medidas de apoio céleres e cada vez mais desburocratizadas às empresas, ao emprego, às pessoas e famílias”.

O compromisso foi saudado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa que considerou o documento um contributo para “um clima de confiança e de paz social”.

“Este entendimento tripartido é um contributo importante para promover um clima de confiança e de paz social, necessário para ultrapassarmos a atual crise de saúde pública e para enfrentarmos em conjunto e com sucesso os desafios económicos e sociais presentes e futuros”, considerou o chefe de Estado numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.

Marcelo saúda compromisso entre Governo, patronato e UGT para a retoma económica

O Presidente da República saudou hoje a declaração de compromisso para a retoma económica assinada pelo Governo, confederações patronais e UGT, considerando-a um contributo para “um clima de confiança e de paz social”.

Numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se com este “entendimento tripartido”, referindo que foi assinado “pelo Governo, pela confederação sindical UGT e pelas confederações empresariais CAP, CCP, CIP e CTP”.

“Este entendimento tripartido é um contributo importante para promover um clima de confiança e de paz social, necessário para ultrapassarmos a atual crise de saúde pública e para enfrentarmos em conjunto e com sucesso os desafios económicos e sociais presentes e futuros”, considerou o chefe de Estado.

A assinatura deste compromisso, não subscrito pela central sindical CGTP-IN, realizou-se hoje (12 de Maio) numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira.

Devido à pandemia de covid-19, em Portugal foi decretado o estado de emergência, que vigorou entre 19 de março e 02 de maio, do qual se transitou para a atual situação de calamidade.

Durante este período, o Governo adotou medidas extraordinárias e impôs o encerramento de um conjunto de atividades e estabelecimentos, tendo entretanto programado a sua reabertura gradual, com novas regras de funcionamento para conter a propagação da covid-19.

A pandemia de covid-19 atingiu 195 países e territórios e em Portugal já morreram 1.144 pessoas num total de 27.679 confirmadas como infetadas, com 2.549 doentes considerados recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Esta doença é provocada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Fonte: Lusa

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