Walking Weekend’23: o festival de emoções que é um portal para a singularidade de Pampilhosa da Serra

Mais do que um festival de caminhadas, um festival de emoções! É este o lema do Walking Weekend, evento que se realizou de 26 a 28 de maio, em Pampilhosa da Serra, e que nesta sexta edição voltou a convidar os participantes a imergir na essência serrana.

De facto, as caminhadas representam apenas uma estreita parte do Walking Weekend, sendo que juntamente com todas as outras iniciativas de um programa desenhado à medida do que de melhor Pampilhosa da Serra tem para oferecer, são um portal para o convívio, a celebração, a descoberta de lugares e momentos únicos, e até o sentimento de viver pausadamente que a azáfama diária por vezes inibe.

O que não inibiu os mais de 100 participantes que viveram o festival foi a chuva. Ainda que o programa tivesse sofrido pequenos ajustes por força das condições meteorológicas, foi possível caminhar por terra, por água, pelo “céu (da boca)”, mas sobretudo pelas emoções e os sentidos que este festival tende a despertar.

Por terra, houve opções para os mais variados gostos, todas inspiradas na singularidade, a cultura e as gentes locais. A caminhada dos Contos de Fajão, ao longo do PR2, foi abrilhantada pela irrepreensível e animada interpretação teatral, com o contributo de habitantes locais, de dois contos escritos por Monsenhor Nunes Pereira, que retratam de forma hilariante e expressiva as vivências e a cultura da antiga vila de Fajão. Noutra das opções (PR1), também nesta Aldeia do Xisto, o declive revelou-se um recurso e os participantes testaram a sua perícia em entusiasmantes descidas de carrinhos de rolamentos. Da Malhada do Rei à Barragem de Santa Luzia, os mais resistentes percorreram 17 quilómetros de paisagens deslumbrantes e, no Cabril, o Atelier da Filhó voltou a ser o epicentro de uma experiência endógena que abraça cada uma das etapas do processo de confeção da Filhó Espichada, mas que abraçou, também, a beleza paisagística da localidade, com um percurso pelos penedos.

Por água, as caminhadas aquáticas voltaram a ser das iniciativas que geraram mais entusiasmo e diversão. Além da caminhada aquática do Poço do Caldeirão no Rio Unhais, uma repetição da edição anterior, este ano alguns participantes “batizaram” o Rio Ceira, ao longo de dois setores distintos que nunca tinham sido percorridos por grupos e que conduzem à descoberta de autênticos tesouros naturais.

Pelo “céu da boca”, porque este festival também se faz à mesa. Com o selo de qualidade de alguns restaurantes do concelho, a gastronomia é também uma das marcas do Walking Weekend e abre caminho a novas amizades, a reencontros e à criação de um bonito espírito de confraternização que se intensifica a cada edição.

Caminhou-se, também, entre emoções e sentidos, num dos mais belos cantinhos do nosso país. Canoagem, tiro ao arco, stand up paddle ou lazer tag, foram algumas das atividades dinamizadas na sempre deslumbrante e acolhedora Barragem de Santa Luzia. Houve ainda tempo para um concerto (e que concerto!) protagonizado pela dupla Bessa&Figueiredo, que brilhou em substituição da timidez celeste – estava prevista uma “viagem pelo céu estrelado”, mas acabou por ser cancelada devido ao clima menos favorável.

O encerramento do evento ficou marcado pela apresentação da parceria com o novo Festival de Caminhadas de Outono, que se vai realizar em outubro no concelho de Castanheira de Pêra.

A sexta edição voltou a revelar na perfeição os motivos que fazem com que o Walking Weekend seja muito mais do que um festival de caminhadas. Para memória futura ficam 3 dias de convívio, harmonia, desfrutar pleno, de conexão pessoal e com a natureza e, sobretudo, de muita alegria entre o céu e a serra.

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